Segundo cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os subsídios são uma parcela crescente da conta de energia do brasileiro e devem alcançar 12,5% da tarifa em 2024.
Dados da Aneel mostram que os encargos sofreram aumento significativo entre 2013 e 2024, saindo de R$ 14,1 bilhões para o valor previsto de R$ 37,2 bilhões neste ano: a conta mais que dobrou na última década!
Os subsídios são pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada em 2002 para custear políticas públicas do setor elétrico, divididos por todos os consumidores e que, a partir de 2013, passou a concentrar todos os subsídios na conta de energia. Além disso, também pesou no bolso do consumidor o fato de que, em 2015, o governo parou de usar dinheiro do Tesouro Nacional para custear parte da CDE.
“A partir daí o Tesouro deixou de fazer o aporte, o que aumentou substancialmente a conta. Agora, de 2018 até 2023, a CDE praticamente dobrou de tamanho e ela dobrou por conta da intensificação dos subsídios para as renováveis e para a GD (geração distribuída)”, comenta o presidente da Frente Nacional dos Consumidores, Luiz Eduardo Barata.
A conta de energia dos consumidores é formada por diferentes itens como taxa de transmissão e distribuição, custo e o quanto realmente foi consumido. Na conta, também devemos considerar os subsídios dentro da CDE:
Fonte: g1
Em 2022, com a privatização da Eletrobras, o governo negociou um aporte da empresa na CDE para amenizar o aumento da conta de energia.
Ficou acertado que Eletrobras transferiria R$ 32 bilhões ao longo de 25 anos para a conta de subsídios, com aporte inicial de R$ 5 bilhões em 2022 e demais transferências em torno de R$ 1 bilhão por ano.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que entre as prioridades da agenda econômica do governo para 2024 está encontrar soluções para financiamento do sistema elétrico com menos subsídios. “É uma das prioridades a solução do financiamento do sistema elétrico brasileiro, do seu reequilíbrio e da continuidade dos investimentos em energias renováveis, que é preciso que continue avançando, mas sem tantos subsídios“, disse.
Titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira vêm sinalizando que pretende enrijecer a avaliação de novas subvenções ao setor. Parte relevante destes benefícios foi estabelecido para estímulo a fontes renováveis de energia.
Fonte: CNN Brasil