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Subsídios serão 12,5% da conta de energia do brasileiro em 2024

5 de março de 2024
 por
Infinity Energias
Subsídios serão 12,5% da conta de energia do brasileiro em 2024

Segundo cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os subsídios são uma parcela crescente da conta de energia do brasileiro e devem alcançar 12,5% da tarifa em 2024.

Dados da Aneel mostram que os encargos sofreram aumento significativo entre 2013 e 2024, saindo de R$ 14,1 bilhões para o valor previsto de R$ 37,2 bilhões neste ano: a conta mais que dobrou na última década!

Os subsídios são pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada em 2002 para custear políticas públicas do setor elétrico, divididos por todos os consumidores e que, a partir de 2013, passou a concentrar todos os subsídios na conta de energia. Além disso, também pesou no bolso do consumidor o fato de que, em 2015, o governo parou de usar dinheiro do Tesouro Nacional para custear parte da CDE.

“A partir daí o Tesouro deixou de fazer o aporte, o que aumentou substancialmente a conta. Agora, de 2018 até 2023, a CDE praticamente dobrou de tamanho e ela dobrou por conta da intensificação dos subsídios para as renováveis e para a GD (geração distribuída)”, comenta o presidente da Frente Nacional dos Consumidores, Luiz Eduardo Barata.

Quais são os subsídios pagos na conta de energia?

A conta de energia dos consumidores é formada por diferentes itens como taxa de transmissão e distribuição, custo e o quanto realmente foi consumido. Na conta, também devemos considerar os subsídios dentro da CDE:

  • Conta de Consumo de Combustíveis (CCC)
    Essa conta paga o custo dos combustíveis fósseis para geração de energia por usinas termelétricas em áreas que não estão conectadas ao sistema interligado nacional.
  • Fontes Incentivadas
    O consumidor ajuda a bancar descontos nas tarifas de "uso do fio” para transmissão e distribuição de energia. Esses descontos são dados para algumas usinas de fontes como solar, eólica e biomassa.
  • Geração Distribuída
    Cobre as perdas e despesas das distribuidoras causadas por benefícios tarifários concedidos aos consumidores que geram sua própria energia, como as placas solares no teto das casas.
  • Tarifa Social
    A tarifa financia o desconto na conta de luz dado para pessoas que estão inscritas no Cadastro Único para benefícios sociais do governo federal, como o Bolsa Família.
  • Universalização
    Subsídio que banca investimentos na universalização do acesso à energia elétrica, levando os serviços a locais que não seriam economicamente atrativos para as distribuidoras. É responsável, por exemplo, pelo programa Luz para Todos e o kit de instalação da energia.
  • Irrigação e Agricultura
    Encargo que financia desconto na parcela de consumo usada para irrigação na agricultura.
  • Carvão Mineral
    Esse subsídio banca reembolso às usinas que usam carvão mineral nacional. É um subsídio considerado ultrapassado por especialistas, já que ajuda a bancar uma fonte poluente.
  • Distribuidora de Pequeno Porte
    Valor pago na conta de luz e usado para compensar o fato de que clientes de distribuidoras de pequeno porte são poucos. Por isso, quando os custos são repartidos entre eles os custos, os valores embutidos na tarifa ainda ficam muito altos.
  • Rural
    Subsídio que banca desconto na tarifa da conta de luz de produtores rurais ou trabalhadores rurais aposentados.
  • Água-Esgoto-Saneamento
    Subsídio que financia desconto para prestadoras dos serviços de água, esgoto e saneamento.

Fonte: g1

Quais as soluções apontadas?

Em 2022, com a privatização da Eletrobras, o governo negociou um aporte da empresa na CDE para amenizar o aumento da conta de energia.

Ficou acertado que Eletrobras transferiria R$ 32 bilhões ao longo de 25 anos para a conta de subsídios, com aporte inicial de R$ 5 bilhões em 2022 e demais transferências em torno de R$ 1 bilhão por ano.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que entre as prioridades da agenda econômica do governo para 2024 está encontrar soluções para financiamento do sistema elétrico com menos subsídios. “É uma das prioridades a solução do financiamento do sistema elétrico brasileiro, do seu reequilíbrio e da continuidade dos investimentos em energias renováveis, que é preciso que continue avançando, mas sem tantos subsídios“, disse.

Titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira vêm sinalizando que pretende enrijecer a avaliação de novas subvenções ao setor. Parte relevante destes benefícios foi estabelecido para estímulo a fontes renováveis de energia.

Fonte: CNN Brasil

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